Gente, isso é Londres, de Hanan Al-Shaykh conta a história de quatro estranhos que se encontram em um voo turbulento de Dubai para Londres: Amira, uma prostituta marroquina; Lamís, uma iraquiana divorciada de 30 anos; Nicholas, especialista inglês em arte islâmica; e Samir, um libanês que está entregando um macaco em uma missão que ele não entende completamente.

Gente, isso é Londres retrata espirituosamente os cheiros, os sons e as vistas dos bairros árabes de Londres, bem como as liberdades e as dificuldades que a cidade oferece a seus imigrantes. O livro tem tradução direto do árabe pela pesquisadora e tradutora Jemima de Souza Alves. A editora Tabla separou 5 motivos para você ler o livro. Confira:

1- Escrito por uma mulher libanesa

A editora Tabla tem cada vez mais se dedicado a publicar mulheres dos países árabes. Hanan Al-Shaykh é uma delas: nascida em Beirute, Líbano, em 1944, Hanan é uma das mais aclamadas e premiadas autoras do mundo árabe, traduzida em mais de 20 idiomas.

2- Londres sob o olhar dos imigrantes

Apesar de ser escrito por uma libanesa, a história se passa quase toda na cidade de Londres.  E este é um dos motes do romance: através de uma cidade europeia, Gente, isso é Londres retrata espirituosamente os cheiros, os sons e as vistas dos bairros árabes de Londres, bem como as liberdades e as privações que a cidade oferece a seus imigrantes.

3- A questão da prostituição

Uma das principais personagens de Gente, isso é Londres é Amira, uma prostituta marroquina que vive na cidade inglesa. Em Amira, podemos ver a condição da prostituição das imigrantes árabes no país, mas também uma subversão disso: Amira resolve fingir que é uma princesa para enganar homens ricos em hotéis. E é justamente esse estereótipo em relação ao mundo árabe que vai fazê-la conseguir ser bem-sucedida neste fingimento.

Leia também: “Gente, isso é Londres”: uma Londres com sotaque árabe

4- Homossexualidade

A homossexualidade é outro assunto que atravessa o romance de Hanan Al-Shaykh. Samir é um libanês que vai para Londres fazer uma inusitada entrega: um macaco. Uma vez na cidade, ele busca de qualquer forma conhecer os tais “homens louros de olhos azuis” que tanto ouvira falar. E na busca de exercer sua homossexualidade de maneira livre acaba se vendo em algumas situações igualmente violentas e desconcertantes. 

5- A tradução dos diversos “falares árabes” 

Dentre os personagens de Gente, isso é Londres, temos Amira, uma marroquina; Lamís, uma iraquiana; Nicholas, um inglês que estuda arte islâmica; e Samir, um libanês. Ou seja, temos vários falares e dialetos do árabe. A tradução de Jemima Alves, doutoranda em Letras Estrangeiras e Tradução da USP, joga todo o tempo com essas diferenças, trazendo ao leitor brasileiro a experiência de algaravia. Além disso, ao final do livro, temos um glossário de termos utilizados. 

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