Um novo livro de um novo autor está chegando em nosso catálogo… A gente adora contar novas histórias e, para fechar 2021, estamos lançando o romance Por que você dança quando anda?, do autor djibutiano Abdourahman A. Waberi.

Para quem quer conhecer um pouco mais sobre a obra, a Tabla separou 5 motivos para mergulhar nessa emocionante história:

1. Um autor inédito no Brasil

Abdourahman A. Waberi é um escritor, novelista, poeta, contista e romancista nascido na cidade de Djibuti, capital do país de mesmo nome, em 1965.  Apesar de se dedicar intensamente à literatura desde a década de 90, o autor também se destaca pela sua trajetória acadêmica, com uma tese de doutorado dedicada à obra do escritor somali   Nuruddin Farah, além de ter atuado como professor de literatura em diferentes universidades pelo mundo. Por que você dança quando anda? foi originalmente publicado em 2019 e chega agora, em primeira mão, pela Tabla, ao público brasileiro.

2. Djibuti: um país pouco conhecido

Apesar da cidadania francesa, Abdourahman A. Waberi  nasceu na antiga Costa Francesa dos Somalis, que passou a ser chamada de Território Francês dos Afares e Issas entre 1967 e 1977, quando se proclamou a independência da República do Djibuti.  O  pequeno país, que faz parte da Liga Árabe, está localizado no nordeste da África,próximo ao Golfo de Áden e faz limite com Etiópia, Somália e Eritreia. Em diversas de suas obras, o autor traz à luz  os povos nômades que habitam a sua memória e a história de seu país na costa do Mar Vermelho.

Por que você dança quando anda? é também uma oportunidade única de voltarmos nossos olhos para uma parte da história da África que costuma ficar invisibilizada.

3. Uma história emocionante

A história do livro é uma das mais emocionantes que você vai conhecer. Ela começa quando numa manhã, a caminho da escola, em Paris, uma menina interroga seu pai: “Papai, por que você dança quando anda?”. Essa pergunta inocente — e grave ao mesmo tempo — fará este homem recordar sua infância no país africano, na costa do Mar Vermelho. Ele acorda as lembranças, retorna ao país natal, ao país da infância e da adolescência, da luz e da poeira, onde a enfermidade — primeiro as febres e depois a perna que se recusava a sustentar — o fez diferente, único.

4. A sabedoria africana diante da colonização

Abdourahman A. Waberi, em sua narrativa sensível, leva seu leitor  a uma terra nos entremeios da África, nos abismos entre os mundos árabe e indiano, que são descobertos não pelos olhos de um adulto, mas pelo olhar de um menino. Assim, ele vai nos oferecer, até nas escolhas das palavras, índices que nos ajudam a entender os processos de colonização, ao mesmo tempo que nos mostra a sabedoria dos povos africanos diante desse mundo imperialista. As palavras “americanos”, “bomba nuclear”, “de Gaulle” ou “Mobutu”, por exemplo, escapam junto com os cheiros de donuts fritos em óleo. Por trás do véu das memórias da infância, pode-se ver uma violência nascida da pobreza, da colonização, um mundo em movimento atrás do qual é preciso correr na esperança de alcançá-lo para, finalmente, libertar-se dele.

5. Tradução de José Almino

Um dos pontos altos da nossa edição de Abdourahman A. Waberi é poder contar com a primorosa edição do grande poeta e sociólogo  José Almino. Excelente  tradutor da língua francesa para o português, Almino  também é autor de dois livros de poesia, De viva voz (1982) e Maneira de dizer (1991), já foi indicado ao prêmio Jabuti e agora faz parte do nosso time de tradutores.

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