Correio Noturno é um livro contemporâneo na temática e na estrutura. É formado por três partes: cinco cartas iniciais; cinco “ecos”; e uma carta final. São correspondências jamais enviadas, jamais recebidas. São depoimentos que escancaram de forma bela e avassaladora a situação que milhões de pessoas deslocadas de sua terra natal — de algum país do mundo árabe — vivem hoje em dia; pessoas que têm, muitas vezes, sua humanidade roubada, perambulando pelo mundo, em busca de sentido, de salvação, de redenção. Em última instância, Correio noturno fala do desamparo e das consequências sociais e psíquicas desse desamparo. 

Hoda Barakat é considerada uma das vozes mais poderosas da literatura contemporânea do Oriente Médio. Em 2000, a autora recebeu a Medalha Naguib Mahfouz de Literatura por O arador das águas, e, em 2019, ganhou o International Prize for Arabic Fiction por Correio noturno.

A editora Tabla separou alguns conteúdos, entre lives, blogs e matérias com tudo que você precisa saber sobre Correio noturno. Confira!

1 – live entre Laura di Pietro e a tradutora do romance, Safa Jubran

Em 20 de setembro de 2020, fizemos uma live pelo Instagram entre Laura Di Pietro e a tradutora do romance, Safa Jubran. Veja na íntegra:

 
 
 
 
 
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2- Safa Jubran conta como foi traduzir o romance Correio Noturno

3- O ator Pedro Henrique Muller faz a leitura do seu trecho preferido de correio noturno

4- Booktrailers: Um livro, seis cartas

Correio noturno é o livro que deu à Hoda Barakat, em 2019, o International Prize for Arabic Fiction. É um romance contemporâneo em sua temática e em sua estrutura, ao mesmo tempo comovente e feroz. Correio noturno convida o leitor a acompanhar a escrita de correspondências interrompidas, jamais recebidas, sequer enviadas.

São cartas, confissões íntimas, que escancaram de maneira avassaladora a realidade de milhões de exilados do mundo árabe hoje em dia. Pessoas que têm, muitas vezes, sua humanidade roubada, que perambulam pelo mundo, em busca de sentido, de salvação, de redenção.

Para ver a leitura de trechos das cartas do romance, acesse aqui!

5- Blog: Querida mãe, de Safa Jubran

Inspirada pela tradução do romance, Safa Jubran, escreveu uma carta para sua mãe, no modelo e estilo de Hoda Barakat: uma carta que se perde no ar, uma carta que nunca será entregue. Confira um trecho:

“Hoje, faz cinco meses que não saio de casa. Não, mãe, não se preocupe, não estou doente. É que estamos numa quarentena, você sabe como é isso, ficar com medo de sair de casa para não morrer, já vivemos uma guerra juntas, você se lembra, mãe, daquele dia, quando falaram que teríamos uma trégua de 24 horas, e por isso, deixamos o abrigo comunitário e fomos para nossa casa querendo ficar um pouco a sós, e eu te convenci a me deixar ir ao mercado para pegar alguns tomates e hortelã para fazermos tabule, porque desde pequena eu lhe dizia que o tabule cheira a verão e a vida, e você, nada dizia, apenas sorria. Eu fui num pé para voltar no outro, mas o bombardeio começou e tudo de que consegui depois me lembrar era que fiquei mil horas escondida atrás de caixotes de alface no mercado.”

Leia o texto completo aqui!

6- O que falaram de Correio noturno?

Durante esses anos em que o livro esteve entre nossos leitores, tivemos a alegria de ter várias leituras, resenhas, e interpretações sobre a obra. Listamos abaixo algumas dessas leituras. Confira:

  • A complexidade humana em epístola – Resenha no Monitor do Oriente
  • Resenha no blog Senta aí

Fluxo. Essa talvez seja a melhor definição para o livro Correio Noturno, primeira publicação da escritora libanesa Hoda Barakat no Brasil (editora Tabla). E não no sentido mais similar ao cinema de fluxo, por exemplo, onde as obras parecem ser quase uma continuidade do tempo, mas sim no sentido literal da palavra. Barakat traduz uma espécie de sensação, pertencimento e histórico da questão dos imigrantes e moradores árabes no mundo. Sua trama não é bem uma trama clara, ao trazer diversas pequenas histórias. O olhar de um entendimento bastante complexo do universo em que essas personas vivem, percebe uma eternidade e presente ao mesmo tempo.

Leia a resenha completa aqui!

  • Confissões Extraviadas – Resenha em vídeo por Aline Aimée
  • Correio noturno: escritora libanesa retrata a experiência de imigrantes árabes através de cartas – Resenha do site NotaTerapia
https://notaterapia.com.br/2021/04/13/correio-noturno-escritora-libanesa-retrata-a-experiencia-de-imigrantes-arabes-atraves-de-cartas/
  • Destruição e memórias estão no centro do romance de Hoda Barakat – Resenha no Jornal Rascunho

Eu tenho mania de ler mais de um livro ao mesmo tempo. Enquanto lia Correio Noturno, da escritora libanesa Hoda Barakat, lia também O Quarto de Jacob, de Virginia Woolf. Duas histórias e contextos absolutamente diferentes, mas que, por um acaso desses sem explicação, ocuparam a minha mesa de cabeceira ao mesmo tempo. Também por um acaso suas histórias tão diferentes se cruzaram quando Virginia Woolf falou sobre as cartas que o jovem Jacob recebia de sua mãe, Betty Flanders.

Leia o texto completo aqui!

  • A pátria e a língua – resenha da Revista quatro cinco um

Ganhador do International Prize for Arabic Fiction, Correio noturno tem seus capítulos formados por cartas escritas por seis personagens: um imigrante que está sem documentos escreve à sua amante; uma mulher de cinquenta anos espera no quarto de hotel a chegada de uma paixão da juventude; um homem torturado e que depois se tornou torturador abre seu coração para sua mãe enquanto tenta conseguir refúgio no estrangeiro; uma mulher que se prostitui conta ao irmão preso sobre a morte da mãe; um jovem homossexual pede ajuda ao pai para voltar para seu país de origem; e um carteiro procura seguir com seu ofício em meio à guerra. 

Para ler o texto completo, acesse aqui!

7- Conheça O arador das águas, outro livro de Hoda Barakat

Niqula Mitri, o narrador e protagonista deste romance, é um homem solitário que percorre a cidade de Beirute, devastada pela guerra, recordando as histórias de seu pai e de sua mãe egípcia, sua relação com a amada Chamsa, e vários episódios da história universal que costuram, em sínteses vertiginosas, o seu amor pelos tecidos. Niqula herda do seu pai não apenas uma loja, mas uma espécie de código têxtil, uma lente pela qual ele pode compreender o mundo.

Hoda Barakat construiu, em O arador das águas, uma obra-prima da narrativa que, como um tear, sobrepõe, em distintas cores, tempos, histórias, conhecimentos e memórias. Tudo isso amparado por uma urdidura de intensa força poética.

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